O Caio do blog Não tem meu tamanho, fez um
relado muito legal sobre como foi viver com a Anorexia na adolescência e como
aprendeu a amar seu corpo.
Gostei muito de ver um homem abordar esse assunto e
transcrevo abaixo:
Caio quando estava doente. |
Deixei de conhecer muitos lugares, abandonei vários
projetos e tomei decisões precipitadas por puro medo de encarar o mundo longe
da proteção do meu quarto. Aos 16 anos, emagreci 52 quilos em menos de cinco
meses. Me senti forte, corajoso, determinado e doente. Esteticamente
satisfeito, mas totalmente devastado por dentro. Pronto. Estava magro, mas não
tinha disposição nem para me vestir.
Continuei dentro do mesmo quarto, fazendo as mesmas
coisas e tendo os mesmos medos. Valeu a pena? Não. Fiquei anêmico e fui
internado as pressas. Desenvolvi bulimia, anorexia e síndrome do pânico.
Felizmente, tive o apoio da minha família e dos meus amigos. E quem não tem
esse suporte?
Atualmente, aos 23, percebo que essa fase serviu de
experiência para o “Caio” que sou hoje.
Aprendi _ na marra _ que qualquer mudança de pensamento deve,
obrigatoriamente, começar na cabeça. Não tenho mais vontade de ser magro.
Eu quero estar/ser saudável e ter ânimo para encarar os
desafios diários de cabeça erguida. O sobrepeso deixou de exercer o papel de
protagonista da minha novela.
O Caio, depois que aprendeu se amar como é ficou ainda mais lindo. |
Como autor, diretor e personagem da minha própria
história, tenho me permitido escrever cenas mais alegres. Para concluir, creio
que não há um segredo para o amor próprio.
Como desabafei acima, nós sabemos quais são os obstáculos
que nos impedem de ir adiante. Finalmente, livrei-me do meu.
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